LUTAR OU NÃO LUTAR?
REFLITA!
Sempre que estamos diante de um
calendário de lutas, é possível alguém alegar algum motivo para se manter
alheio: mais um dia pra "pagar", "vai comprometer o que sobrou
do recesso", o "sindicato não faz nada", estou sendo manipulado
por uma briga partidária... Eu poderia continuar a lista do que se escuta por
aí! De fato, greve não é um passeio, não é uma confraternização em que todos
saem felizes! Greve é um enfrentamento a ordem, é uma subversão a regra, é
suspender o calendário escolar! Então não é algo fácil de assumir e fazer!
Vamos enfrentar a alienação de colegas que não se vêm como classe trabalhadora
(eles têm certeza de que estão acima dela apesar de receber uma das piores
remunerações do mercado de trabalho!) e vamos ouvir que não adiantou nada! Cada
vez mais tenta-se esconder que cada direito que você tem hoje foi resultado de
uma greve ou de várias: 13º salário, limite de jornada de trabalho, plano de
carreira, Lei do Piso Salarial Profissional Nacional... também poderia
continuar a lista!. Aí às vezes fica mais difícil ainda entender e participar,
porque no jogo do CAPITALISMO ele
tenta nos ensinar que "só vale se
eu ganhar". Nesta greves que se vem fazendo, você não vai ganhar, vai lutar para não
perder! E não perder vai significar uma enorme conquista!!! Foi a nossa Greve
Nacional da Educação, que depois se transformou num movimento de classe e não
de categoria, que impediu a votação da Reforma da Previdência. Mas a Reforma
Trabalhista corre o risco de ser aprovada. Ela atinge todo mundo: você, sua família, seus alunos, as famílias
dos alunos! No serviço público corremos o risco da privatização,
terceirização e de possibilidades de negociações abaixo do que a legislação nos
protege hoje, entre outros ataques! Essa luta é por cada um de nós e pelas
gerações futuras! A greve do dia 30 foi suficiente? Provavelmente não!
Possivelmente precisaremos fazer mais! Mas não fazer já é assumir a derrota! E
a reforma da previdência pode ganhar fôlego para sua aprovação! A verdade é que
assumir o lugar de espectador não te livrará das consequências se estas
reformas passarem. Lembro-me, com as marcas que ficaram na minha alma, do que o
Governo Anastasia fez em 2011. E foi pedagógico: retirou de TODOS os
trabalhadores em educação o direito de adquirirem biênio, quinquênio,
trintenário, adicional de desempenho e congelou a carreira. Isso atingiu todo
mundo: quem lutou e quem não lutou! Quem fez 112 dias de greve e quem ficou
como espectador! O espectador ajuda o opressor, contribui para a derrota, para
a retirada de direitos! Só os muito ricos ganham com país como está! Nós não
pertencemos a este grupo! Então, temos muito que fazer para impedir os
retrocessos!
Comentários
Postar um comentário